DOMINGO DE PÁSCOA (24/04/2011)
Jo 20, 1-9
“Ele viu e acreditou”
Os quatro evangelhos relatam os acontecimentos do Dia da Ressurreição, cada um de acordo com as suas tradições. Mas certos elementos são comuns a todos: o fato do túmulo vazio, que as primeiras testemunhas eram as mulheres (embora divirjam quanto ao seu número e identidade e o motivo da sua ida ao túmulo - para ungir o corpo, ou para vigiar e lamentar), e de que uma delas era Maria Madalena. Podemos tirar disso a conclusão que as mulheres tinham lugar muito importante entre o grupo dos discípulos de Jesus, e que elas eram mais fiéis do que os homens, seguindo Jesus até a Cruz e além dela! Infelizmente, outras gerações fizeram questão de diminuir a importância das discípulas na tradição – e a Igreja sofre até hoje as conseqüências.
DOMINGO DE RAMOS (17/04/2011)
Mt 21, 1-12; Mt 26,14 – 27,66
Bendito aquele que vem em nome do Senhor!
Neste primeiro dia da Semana Santa, na tradição católica no Brasil, com certeza não há comunidade que não celebre, com muito entusiasmo, a comemoração da entrada de Jesus em Jerusalém. Organizam-se procissões e encenações, e quase todos fazem questão de levar alguns ramos bentos para a casa.
Porém é muito importante resgatar o verdadeiro sentido da entrada de Jesus em Jerusalém, para que possamos celebrar a festa com mais profundidade. O próprio Evangelho de Mateus nos dá uma dica, quando em v. 5 cita o profeta Zacarias. Pois Jesus, escolhendo entrar na capital desta maneira, estava fazendo uma releitura de Zacarias 9, 9-10. O profeta (conhecido como Segundo Zacarias, pois capítulos 9-14 do livro são pós-exílicos) vivia em uma situação de grande opressão e pobreza, quando Palestina e o seu povo eram dominados pelo Império Grego, depois de Alexandre Magno. O profeta procura animar o seu povo oprimido, manter viva a chama de resistência através da esperança na chegada de um Messias, que teria três grandes características: seria rei (9, 9-10), bom pastor (11,4-17) e “transpassado”(12, 9-14). Portanto, quando Jesus e os seus discípulos fizeram a sua entrada em Jerusalém, era uma maneira forte de proclamar a chegada do Messias, do Rei esperado pelos pobres de Javé.
5º Domingo de Quaresma (10/04/2011)
Jo 11, 1-45
“Eu sou a Ressurreição e a Vida”
Para entender melhor este texto, temos que situá-lo no seu contexto dentro do Quarto Evangelho, o do Discípulo Amado. Cumpre lembrar a divisão literária e teológica deste Evangelho. Nele os primeiros onze capítulos formam o que é normalmente entitulado “O Livros dos Sinais” ou seja, relatam sete sinais (tradução melhor do que “milagres”) operados por Jesus. Um sinal aponta para algo mais além, e os sinais relatados por João apontam para uma realidade mais profunda – eles revelam algo mais profundo sobre a pessoa e missão de Jesus. São: a mudança de água em vinho em Caná (2, 1-11), a cura do filho dum funcionário real (4, 46-54), a cura do paralítico em Betesda (5, 1-18), a partilha de pães (6, 1-15), caminhar sobre as àguas (6, 16-21), a cura do cego de nascença (9, 1-41), e o sinal culminante, a Ressurreição de Lázaro (11, 1-45), o texto de hoje. Como bloco, formam o Livro dos Sinais, preparação para Capítulos 13-20, O Livro da Glorificação.
4º Domingo de Quaresma (3/04/2011)
Jo 9, 1-41
“Eu sou a luz do mundo”
Continuando a série de leituras evangélicas que procuram ensinar verdades sobre a pessoa e a missão de Jesus durante a Quaresma, o texto de hoje é novamente um texto comprido, um capitulo inteiro, tirado do Evangelho de João. Como no Domingo passado (A Samaritana), encontramos traços característicos do Quarto Evangelho – o uso de dualismo, como luz/escuridão, cegueira/visão, de símbolos, de ironia e de mal-entendidos. Tudo para proclamar a fé da comunidade joanina que Jesus era “a luz do mundo”(v.5).
O texto nos traz o único relato no Novo Testamento da cura de um cego de nascença. Agostinho via na cegueira uma referência ao pecado original, e na passagem da cegueira à visão, o símbolo da passagem da incredulidade e da morte à fé e à vida. Assim, o cego curado simboliza todos os que chegam à plenitude da fé pelo batismo.
Com pesar noticiamos falecimento do Pe. Fabiano Kachel
Faleceu hoje dia 25 de março de 2011 o Pe. Fabiano. Nascido dia 7 de janeiro de 1923 em Curitiba. Foi ordenado sacerdote no ano de 1948 na Congregação do Verbo Divino. Até então foi responsável pelas Pontifícias Obras Missionárias na Diocese de São José dos Pinhais-PR.
A Missa de corpo presente do Pe. Fabiano será no dia 26 de março de 2011 às 09h30min na Catedral São José, em São José dos Pinhais, celebrada por Dom Ladislau Biernaski. Logo após a Missa vai ser enterrado no Cemitério Municipal em São José dos Pinhais.
Veja as fotos da Missa de corpo presente na Catedral São José