Batismo do Senhor (09/01/2011)
Mt 3, 13-17
“Este é o meu Filho amado, que muito me agrada”
Hoje, o Domingo depois da Epifania, celebra-se tradicionalmente a Festa do Batismo do Senhor. O batismo de Jesus por João Batista no Rio Jordão é tão importante teologicamente que é tratado por cada um dos quatro evangelistas, cada qual da sua maneira, dependendo da situação da sua comunidade e dos seus interesses teológicos. A história logo se tornou um problema para os primeiros cristãos, pois levantava a questão de como Jesus, sem pecado, podia ter sido batizado e, um ritual de purificação dos pecados. Por isso, Mateus deixa fora a referência de Mc 1, 4 ao perdão dos pecados, a adiciona vv. 14 e 15. Para João, o batismo era tão difícil de ser harmonizado com a sua cristologia, que omite qualquer referência ao atual evento, e no seu lugar, faz com que João Batista indica Jesus como o “Cordeiro de Deus” (Jo 1, 29-34).
Oração do Ano Novo
A vida passa depressa, Senhor, o tempo corre veloz.
Os dias sucedem-se ininterruptamente.
A vida é cada vez mais agitada.
Não há tempo para mais nada.
É preciso correr para acompanhar.
Mas hoje queremos parar um instante para falar convosco, Senhor,
pois um ano novo é uma etapa nova que começa.
Hoje os nossos pensamentos são de gratidão:
seria difícil enumerar os benefícios recebidos até o dia de hoje.
Dia dos Reis Magos (Epifania)
O sagrado mistério da Epifania é narrado no Evangelho de São Mateus. Ao chegarem os magos a Jerusalém, perguntaram na corte onde estava “o rei dos judeus que acabara de nascer”. Os mestres da lei informaram que o Messias deveria nascer em Belém, a pequena cidade natal de Davi. Os magos tendo chegado ao lugar onde estavam Maria e a criança, ofereceram ouro, incenso e mirra, substâncias preciosas nas quais a tradição quis ver um reconhecimento implícito da realeza messiânica de Cristo (ouro), de sua divindade (incenso) e de sua humanidade (mirra). A intenção do evangelista foi mostrar que os pagãos, os gentios, os povos que viviam além das fronteiras de Israel, reconheceram Jesus como Rei-Messias, ao passo que o povo judeu rejeitou o Salvador nascido em seu meio.
MISSA DO DIA DE NATAL
João 1, 1-18
Lendo o Texto:
Comunicação é atividade primordial de toda a humanidade, e o seu instrumento privilegiado é a palavra. Diariamente somos sujeitados a uma enxurrada de palavras, que muitas vezes servem para ofuscar a verdade, e desvirtuar a justiça, funcionando como instrumento de opressão, em lugar de solidariedade humana. Assim, é bom iniciar a nossa reflexão com uma consideração sobre o conceito que está atrás do termo “Palavra”.
Obviamente, a primeira referência para nós é a Palavra de Deus, com destaque para a sua Palavra comunicada através da Sagrada Escritura. No Antigo Testamento, o tema da Palavra Divina não é objeto de especulação abstrata, como é o caso com outras correntes de pensamento, por exemplo o “Logos” dos filósofos alexandrinos. É antes de tudo um fato experimental: Deus fala diretamente aos homens e mulheres, ao seu povo e a toda a humanidade.
PRIMEIRO DOMINGO DEPOIS DO NATAL (26/12/2010)
Mt 2, 13-15.19-23.
“Do Egito Chamei o Meu Filho”
Na Igreja Católica, no primeiro domingo depois do Natal é celebrada a Festa da Sagrada Família. Os textos dos evangelhos usados sempre fazem referência a Maria, José e Jesus; mas, devemos lembrar que o Evangelho visa ensinar algo sobre Jesus, a sua missão e as consequências para os seus discípulos - nós.
IV DOMINGO DO ADVENTO (19/12/2010)
Mt 1, 18-24
“Ele vai salvar o seu povo dos seus pecados”
Esse texto nos relata a história da concepção virginal de Jesus, na versão mateana. Típico desse evangelho, escrito para uma comunidade predominantemente judeu-cristã em polêmica com o judaísmo rabínico dos últimos anos do primeiro século, o texto traz muitas releituras de trechos do Antigo Testamento. Para entendê-lo bem, devemos examiná-lo passo por passo, sempre lembrando do contexto em que foi escrito.