Solenidade de Epifania do Senhor (6/01/2019)

Mt 2, 1-12 “Ajoelharam-se diante dele, e lhe prestaram homenagem”
 Hoje no Brasil celebramos uma das grandes festas do Ciclo de Natal - a Manifestação do Senhor (“Epifania” em grego, cuja data tradicionalmente era 6 de janeiro), onde comemoramos o fato de que Jesus foi manifestado não somente ao seu próprio povo, mas a todos, representados pelos Magos do Oriente. Embora a festa tenha muita popularidade folclórica, ela celebra uma grande verdade da fé - que a salvação em Jesus é para todos os povos, sem distinção de raça, cor ou tradição religiosa.

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Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo

“Hoje, a Paz verdadeira desceu-nos do céu; hoje, os céus e a terra espalham doçura; hoje, raiou o dia do novo resgate de eterna alegria, há muito esperado!” – Estas palavras, a Igreja as reza por toda a terra no Ofício das Vigílias desta Noite santa. Mas, por que tanta exultação? Por que tanta luz? Por que tanta doçura, tanta ternura, tanta paz? Hoje, cumpriu-se as Escrituras: o Dia tão esperado brilhou no meio da noite. Hoje, “o povo, que andava na treva”, a humanidade perdida e confusa, “viu uma grande luz; para os que habitavam nas sombras da morte”, para nós, que temos sempre de lutar contra tantas e tantas mortes, “uma luz resplandeceu!”. Nesta Noite, podemos comemorar, alegrarmo-nos como os que colhem depois do trabalho e do suor do plantio, porque algo inacreditável, algo que parece um sonho, um conto de fadas, nos aconteceu! Escutai, escutai: “Nasceu para nós um Menino, foi-nos dado um Filho; ele traz nos ombros a marca da realeza; o nome que lhe foi dado é: Conselheiro Admirável, Deus Forte, Pai dos tempos futuros, Príncipe da Paz.

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22º Domingo do Tempo Comum B

“Este povo me honra com os lábios, mas o coração deles está longe de mim” (Mc 7, 1-8.14-15.21-23)
 Para que entendamos o alcance do nosso texto de hoje, é necessário entender o contexto religioso do tempo de Jesus. Entre os elementos chaves na prática religiosa do judaísmo daquela época, estavam os conceitos de “puro” e “impuro”. Na nossa teologia, não é possível cometer um pecado inconscientemente; mas, para o povo do tempo de Jesus, o pecado tinha uma existência quase independente das pessoas.Certos atos, certos lugares, certas profissões tornavam as pessoas impuras, isso é, não aptas para participar do culto, sem primeiro passar pelos ritos de purificação. A seita dos Essênios levava a preocupação com a pureza ritual aos extremos; também os fariseus - cujo nome vem de uma palavra que significa “separados” - davam suma importância à pureza ritual, assim, muitas vezes, impossibilitando o acesso do povo comum ao culto do Deus da vida.

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SOLENIDADE DA ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA (19/08/2018)

“Você é bendita entre as mulheres" (Lucas 1, 39-45)
Para entender bem a finalidade de Lucas em relatar os eventos ligados à concepção e nascimento de Jesus, é essencial conhecer algo da sua visão teológica. Para ele, o importante é acentuar o grande contraste, mesmo que haja também continuidade, entre a Antiga e a Nova Aliança. A primeira está retratada nos eventos que giram ao redor do nascimento de João Batista, e tem os seus representantes em Isabel, Zacarias e João; a segunda está nos relatos ao redor do nascimento de Jesus, com as figuras de Maria, José e Jesus. Para Lucas, a Antiga Aliança está esgotada - os seus símbolos são Isabel, estéril e idosa, Zacarias, sacerdote que duvida do anúncio do anjo, e o nenê que será um profeta, figura típica do Antigo Testamento.

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18° Domingo do Tempo Comum (5/08/2018)

“Eu Sou o Pão da Vida” Jo 6, 24-35
Continuamos uma série de leituras dominicais a partir do sexto Capítulo de João. Este capítulo é extraordinariamente denso em conteúdo e muito carregado com a simbologia judaica da época de Jesus.

Hoje o tema central versa sobre Jesus como “O Pão da Vida” No Antigo Testamento muitas vezes o termo “pão” é usado como símbolo da Palavra de Deus; por exemplo, Is 55,10-11; Amós fala de fome, mas não de pão, nem sede de água, mas fome de escutar a Palavra de Deus em Am 8, 11-12; A Sabedoria convida os simples a comer do seu pão e beber do sua seu vinho em Pr 9, 5; Sirac (Eclesiástico) fala da sabedoria que alimenta as pessoas com o pão de compreensão e a água de sabedoria (Eclo 15, 4).

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