Padre Marjan Pawlowski, nasceu aos 25 de setembro de 1922, primeiro filho de Elias Pawlowski e Helena Pawlowski, na cidadezinha de Vera Cruz, Município de Mallet, Estado do Paraná, Brasil. Ele era o filho mais velho entre quatro irmãos. Do berço da família que era profundamente religiosa, recebeu uma sólida formação cristã. Entre as devoções dos pais destacavam-se as do Sagrado Coração de Jesus e a de Maria. Recebeu de seu pároco, o convite para se tornar um missionário, ao qual mostrou interesse e seguiu adiante. Os seus estudos primários aconteceram numa escolinha perto da sua casa e, mais tarde, no Colégio Santa Terezinha em Rio Azul. Entrou no seminário com 13 anos de idade, ingressou no Instituto Missionário São Miguel, em Antônio Carlos MG., onde fez os estudos humanísticos correspondentes aos cursos ginasial e Colegial Clássico entre os anos 1936 a1941. Depois continuou os estudos em São Paulo, no Seminário Espírito Santo, onde cursou filosofia e teologia. Professou os primeiros votos no dia 01 de março de 1944 e os votos perpétuos aos 07 de dezembro de 1948. Foi ordenado sacerdote em 24 de setembro de 1949, completando este ano 66 anos de sacerdócio.

Em janeiro de 1950 assumiu o seu primeiro campo de trabalho, no Juvenato Nossa Senhora do Carmo, em Araraquara, interior do Estado de São Paulo. Ali foi encarregado pelos seus superiores de conduzir o acabamento da construção do seminário em andamento, dirigir a economia e lecionar as matérias do quarto e quinto ano do curso primário. Nas horas vagas atendia a capela do ‘Asilo dos Velhinhos’, dirigido pelas irmãs, auxiliava nas paróquias de Nossa Senhora do Carmo e de São Bento. Dois anos depois foi transferido para Toledo, no oeste do Paraná, naquele tempo cidade ainda em formação, a fim de dirigir, como prefeito e professor, o recém-criado Juvenato Cristo Rei. Na época estavam ali cerca de 41 meninos, frequentando o primário e preparando-se para ingressarem no curso ginasial em Ponta Grossa-Paraná. Era também coadjutor na Paróquia Cristo Rei, cujo pároco era o Pe. Antônio Patui. No fim de janeiro de 1953, recebeu uma nova transferência para o Seminário Verbo Divino de Ponta Grossa. Veio, para este novo trabalho, para ser professor no Seminário e aprimorar a sua formação pedagógica através do curso universitário. Naquele mesmo ano matriculou-se no curso de pedagogia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da universidade Federal de Paraná, recebeu o diploma de Bacharel em Pedagogia em 1956 e o de Licenciatura no mesmo curso em 1957. No mesmo ano que iniciou seus estudos, iniciava também a atividade como professor na Faculdade Estadual de Filosofia. Mais tarde foi lhe confiada a cadeira de Fundamentos Sociológicos da Educação, Sociologia Geral e Sociologia da Educação. No decênio de 1953 a 1963, permaneceu no Seminário do Verbo Divino, e exerceu várias funções como de formador, ecônomo e professor. Implantou e desenvolveu a agropecuária como meio de sustento do elevado numero de alunos naquela época e auxiliou na construção. Reformou o edifício do Seminário e deu acabamento ao que ainda faltava como a ala central, salas de aula e dormitórios. Ainda nas horas vagas e nos fins de semana ajudava no atendimento às diversas capelanias de instituições e Congregações religiosas, tais como Santa Casa de Misericórdia, Hospital Infantil, Maternidade Sant’ana, Colégio Sagrada Família, Colégio Sant’ana, Capelania das Irmãs Servas do Espírito Santo, Vigário Paroquial na Igreja Nossa Senhora do Rosário entre outros. Foi organizador e dirigente do Coral Nossa Senhora do Rosário com Orquestra e coral dos seminaristas. De 1966 a 1973 assumiu a função de Diretor dos cursos Ginasial e Colegial. Depois dedicou mais tempo para o ensino superior na faculdade de Ponta Grossa. Recebeu muitos títulos de destaque em reconhecimento aos trabalhos realizados nos campos do ensino, e de formação religiosa. Desde 1993 ajudou na Paróquia Espírito Santo, assumindo principalmente a Capela da Gruta Nossa Senhora de Lourdes, onde ficou celebrando por muitos anos e o povo o estima muito. Com a sua saúde debilitada e a ida dos familiares para Paraguai, com quem vivia nos últimos anos, os acompanhou. Motivo pelo qual tivemos pouco contato nos últimos tempos. No dia 21 de dezembro de 2015 recebemos a notícia do seu falecimento em Assunção-Paraguai.  Logo depois do falecimento os familiares do Pe Marjan entraram em contato com a província BRS e mostraram o interesse de sepultá-lo em Ponta Grossa, junto com os outros verbitas e aceitamos de bom grado. Com certeza as exigências para o translado de corpo do exterior e os procedimentos burocráticos dificultaram que isso acontecesse. Assim os familiares decidiram sepultá-lo no Paraguai, no túmulo da família. Nós da província BRS agradecemos ao Pe Marjan Pawlowsky pela sua pessoa, a sua missão e o legado que deixa entre os confrades e leigos. Pedimos que Deus lhe dê a vida eterna. Agradecemos aos familiares que cuidaram dele até os últimos momentos da sua vida.