P. HEINZ KULÜKE é o novo Superior Geral
O 17º capítulo Geral da SVD elegeu o P. Heinz Kulüke como novo Superior Geral dos Missionários do Verbo Divino.
O P. Heinz nasceu a 29 de Setembro de 1956, em Spelle, na Alemanha. Era o 2º filho da família Augusto e Paula (nascida Westers). Após a escola em Spelle e Hopsten, iniciou a sua formação numa escola profissional de electrotecnia. Fez o serviço militar por um ano na Força Aérea e continuou os estudos em engenharia electrónica em Bielefeld. Em 1979 ligou-se à SVD e iniciou o Noviciado em St. Augustin, na Alemanha; emitiu os primeiros votos a 1 de Maio de 1981. Completados os estudos de Filosofia e Teologia, foi ordenado sacerdote no dia 9 de Março de 1986 em St. Augustin. Foi destinado à missão da Província Sul das Filipinas. O seu primeiro posto de trabalho foi em Agusan del Sur, Mindanao. Depois de 3 anos em Agusan, fez o seu mestrado em Filosofia na Universidade Católica de Washington/USA. De 1990 até 1992 ensinou Filosofia na Universidade de S. Carlos, Cebu City, Filipinas. Em 1992 foi para Roma para fazer o doutoramento em Filosofia e completou os estudos em 1994. Desde 1994 é Professor de Filosofia na Universidade de S. Carlos. O P. Kulüke era Superior Provincial da Provincia Sul das Filipinas com sede em Cebu City. Foi eleito para esse serviço em 2005, reeleito em 2008 e de novo em 2011 para um excepcional terceiro período. Havia sido Vice-Provincial da Província entre 1998 e 2005. Para além da actividade docente na Universidade, o P. Kulüke tinha o lugar de Vice-Presidente para assuntos académicos (1997-1999) e foi Reitor da comunidade SVD da Universidade de S. Carlos (1996-2005).
Festa de São Pedro e São Paulo
FESTA DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO (01/07/12)
Mt 16, 13-19
“Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”
Hoje a Igreja celebra a festa de dois grandes apóstolos, Pedro e Paulo, este grande evangelizador dos pagãos ou gentios, e aquele do seu próprio povo. Como evangelho do dia, escolheu-se a história do caminho de Cesaréia de Felipe. O relato mais antigo está no Evangelho de Marcos, Cap. 8 vv 27-38, o qual se tornou o pivô de todo o Evangelho. A estrutura de Mateus é diferente, mas, o relato tem a mesma finalidade, ou seja, ajudar os ouvintes e leitores a clarificar quem é Jesus e o que significa ser discípulo ou discípula d’Ele.
Natividade de S. João Batista
NATIVIDADE DE SÃO JOÃO BATISTA (24/06/2012)
Lc 1, 57-66.80
“Ele vai se chamar João”
O primeiro capítulo de Lucas é um exemplo da capacidade literária desse “artista da palavra”. Usando uma forma literária bem conhecida do seu tempo, a da “anunciação”, Lucas prepara o chão para que a sua obra demonstre a transição do antigo ao novo povo de Deus, da antiga à nova aliança.
O capítulo faz paralelos entre duas histórias de anunciação, a Zacarias e a Maria. Ambos os texto seguem o estilo convencionado dessa forma literária: a anunciação de um evento, em nome de Deus, feito por um mensageiro divino (nestes casos, Gabriel); uma objeção ao anúncio (a idade de Isabel e Zacarias, a virgindade de Maria) e um esclarecimento da parte do enviado, e a reação do destinatário: no caso de Zacarias, a incredulidade, da parte de Maria, a fé. Assim, Zacarias fica mudo (os ritos do Templo não têm mais nada a dizer ao povo), enquanto Maria canta a misericórdia de Deus para com seu povo, no Magnificat!
11º Domingo Comum
Décimo Primeiro Domingo Comum (17/06/09)
Mc 4, 26-34
“Com que coisa podemos comparar o Reino de Deus?”
O texto de hoje traz à tona dois elementos muito importantes para o estudo dos Evangelhos - “o Reino de Deus” e “as parábolas”. Antes de olhar o texto mais de perto, convém comentar algo sobre esses dois termos ou conceitos.
Existe um consenso entre os estudiosos modernos, sejam católicos ou protestantes, que existem dois termos nos textos evangélicos que provém do próprio Jesus e que não dependem da reflexão posterior das comunidades, ou seja, “Reino” e Abbá”. Estamos tão acostumados de ter Jesus como “objeto” da pregação que esquecemos que Ele não pregou a si mesmo, mas o “Reino de Deus” (geralmente citado em Mateus como o Reino dos Céus, para evitar o uso do nome de Deus). Toda a vida de Jesus foi dedicada ao serviço desse Reino, que Ele nunca define, pois é uma realidade dinâmica, mas que Ele descreve por comparações, usando parábolas. “Parábola” é um tipo de comparação, usando símbolos e imagens conhecidos na vida dos ouvintes, e que os leva a tirar as suas próprias conclusões (de fato, várias vezes temos a explicação de uma parábola nos evangelhos, mas, essa nasceu da catequese da comunidade e não teria feito parte da parábola original). O Capítulo 13 de Mateus talvez seja o melhor exemplo do uso de parábolas para clarificar a natureza do Reino - ou Reinado - de Deus.
Pentecostes
DOMINGO DE PENTECOSTES (27 de maio de 2012)
At 2, 1-11
“Todos ficaram repletos do Espírito Santo”
A liturgia de hoje nos apresenta a descida do Espírito Santo sobre a comunidade dos discípulos, em duas tradições - a de Lucas (Atos) e da Comunidade do Discípulo Amado (João 20). Salta aos olhos que uma leitura fundamentalista da bíblia - infelizmente ainda muito comum entre nós - leva a gente a um beco sem saída, pois em João, a Ressurreição, a Ascensão e a Descida do Espírito se deram no mesmo dia (Páscoa), enquanto Lucas separa os três eventos, durante um período de cinqüenta dias. Assim, devemos ler os textos dentro dos interesses teológicos dos diversos autores - os 40 dias de Lucas, por exemplo, entre a Ressurreição e a Ascensão, correspondem aos 40 dias da preparação de Jesus no deserto, para a sua missão. Pois, como Jesus ficou “repleto do Espírito Santo” (Lc 4, 1) e se lançou na sua missão “com a força do Espírito” (Lc 4, 14), a comunidade cristã se preparou durante o mesmo período, e na festa judaica de Pentecostes também experimentou que “todos ficaram repletos do Espírito Santo” (At , 2, 4).
Solenidade de Ascensão do Senhor
Mc 16, 15-20
“Vão pelo mundo inteiro e anunciem a Boa-Notícia para toda a humanidade”
O texto e Mc 9-20, que contém o fim do Evangelho de Marcos, interrompe o fio da narração precedente, é muito diferente em estilo e vocabulário do resto do Evangelho e está ausente dos melhores e mais antigos manuscritos. Por isso, normalmente está designado nas nossas bíblias como “Apêndice” provavelmente escrito no segundo século, e baseado basicamente no Capítulo 24 de Lucas, com alguma adição de João 20 e com referências de fatos narrados em Atos. Embora não acrescente nada de novo para uma melhor compreensão de Jesus e dos acontecimentos pós-pascais, traz elementos muito importantes para a vida da Igreja hoje.