6º Domingo da Páscoa
SEXTO DOMINGO DA PÁSCOA (13 de maio de 2012)
Jo 15, 9-17
“Amem-se uns aos outros”
Poucos trechos do Evangelho de João são tão conhecidos como o de hoje, pelo menos pelas diversas frases lapidares tecidas dentro dele. Sobressai o tema básico do “amor” - como a característica que deve distinguir os/as discípulos/as de Jesus.
O amor é um dos temas preferidos da sociedade atual, como mostram os nossos cantos, poemas e novelas - mesmo que seja mais na fala do que na prática. Por isso, torna-se necessário recuperar o sentido profundo do amor nos Evangelhos. Até um estudo rápido mostra que o termo tem outro sentido do que aquele que a nossa sociedade liberal e consumista lhe atribui. Na sociedade atual o amor não passa de um sentimento agradável, uma emoção, quando não de um egoísmo disfarçado. Tendo como base a emoção, torna-se temporário, volúvel, sem consistência, descartável. Passado o sentimento, termina o amor! Uma das conseqüências dessa visão pós-moderna é o alto índice de divórcios, de separações, de desistências de tudo que é compromisso, pois a base é como areia movediça, não sustenta o peso do dia-a-dia.
3º Domingo da Páscoa
Lc 24, 35-48
“E vocês são testemunhas disso.”
O evangelho de hoje é a segunda parte do capítulo 24 de Lucas, que relata primeiro a história das mulheres diante do túmulo de Jesus, e agora o incidente do encontro de Jesus Ressuscitado com os dois discípulos na estrada de Emaús. Devemos recordar que Lucas estava escrevendo a sua obra em vista dos problemas da sua comunidade pelo ano 85 d.C. Já não estamos mais com a primeira geração de discípulos - já se passou mais de meio século desde os eventos pascais. A comunidade já está vacilando na sua fé - as perseguições estão no horizonte, ou até acontecendo; o primeiro entusiasmo diminuiu, os membros estão cansados da caminhada e perdendo de vista a mensagem vitoriosa da Páscoa. Parece que é mais forte a morte do que a vida, a opressão do que a libertação, o pecado do que a graça.
2º Domingo da Páscoa
Jo 20, 19-31
“A paz esteja com vocês!”
No texto anterior ao de hoje, a Maria Madalena trouxe a notícia da Ressurreição aos discípulos incrédulos. Agora é o próprio Jesus que aparece a eles. Não há reprovação nem queixa nas suas palavras, apesar da infidelidade de todos eles, mas, somente a alegria e a paz, que já tinha prometido no último discurso. Duas vezes Jesus proclama o seu desejo para a comunidade dos seus discípulos - “A paz esteja com vocês”. O tema da paz, do shalom, é importante na vida de Jesus.
Domingo de Páscoa
DOMINGO DE PÁSCOA (8 de abril de 2012)
Jo 20, 1-9
“Ele viu e acreditou”
Os quatro evangelhos relatam os acontecimentos do Dia da Ressurreição, cada um de acordo com as suas tradições. Certos elementos são comuns a todos: o fato do túmulo vazio, de que as primeiras testemunhas eram as mulheres (embora divirjam quanto ao seu número e identidade e o motivo da sua ida ao túmulo - para ungir o corpo, ou para vigiar e lamentar), e que uma delas era Maria Madalena. Podemos tirar disso a conclusão que as mulheres tinham lugar muito importante entre o grupo dos discípulos de Jesus, e que elas eram mais fiéis do que os homens, seguindo Jesus até a Cruz e além dela! Infelizmente, outras gerações fizeram questão de diminuir a importância das discípulas na tradição - e a Igreja sofre até hoje as consequências.
Sexta-feira Santa
“Tudo está consumado” (Jo 19,28-30.41-42)
Hoje é o dia do grande silêncio. Vamos recordar o que aconteceu com Jesus nesse dia: a condenação à morte na cruz; os açoites, a coroa de espinhos; a cruz nos ombros feridos; a caminhada até o Calvário; a crucifixão, a agonia cruel por três horas; o martírio da Mãe e a entrega da vida nas mãos do Pai. Tudo está realizado. Pai, em tuas mãos entrego a minha vida.
DOMINGO DE RAMOS
DOMINGO DE RAMOS (01 de abril de 2012)
Mc 11, 1-11
“Bendito seja aquele que vem em nome do Senhor!”
Uma das grandes festas religiosas na tradição popular brasileira é a celebração da entrada de Jesus em Jerusalém, no Domingo de Ramos. Organizam-se procissões, o povo abana ramos, e pessoas que dificilmente pisam em uma igreja nos domingos comuns, hoje fazem questão de não perder a celebração. Tudo isso tem o potencial de ser muito positivo, mas para não reduzirmos a comemoração a mero folclore ou teatro, acredito ser importante aprofundar a partir de textos bíblicos o que significava este evento para Jesus, e para o evangelista.