6º Domingo da Páscoa
Jo 14, 15-21
“Ele dará a vocês outro Advogado, para que permaneça com vocês para sempre”
O texto dá início, dentro da primeira parte do Último Discurso de Jesus, à seção trinitária, onde o mesmo tema é aplicado ao Espírito (vv. 15-17), a Jesus (vv.18-22) e ao Pai (vv. 23-24) – o tema de que, se guardarmos os mandamentos, cada personagem divina virá e habitará conosco.
5º Domingo da Páscoa (18/05/14)
Jo 14, 1-12
“Credes em Deus; crede também em mim”
O Evangelho de João inicia o tal chamado Último Discurso de Jesus, com o texto de hoje. Esses versículos – a primeira das três partes do discurso – contém a maioria das referências à partida iminente de Jesus; portanto é o trecho mais apropriado para o contexto da Última Ceia. A moldura do texto consiste em dois mandamentos fortes para acreditar em Deus e em Jesus (vv 1.11).
3º Domingo da Páscoa (4/5/2014)
Lc 24, 13-35
“Reconheceram Jesus quando ele repartiu o pão”
Talvez um dos relatos mais conhecidos de Lucas seja a história dos dois discípulos na estrada de Emaús. Nas figuras dos discípulos temos um retrato das comunidades lucanas pelo ano 85 - vacilando na fé, descrentes, desanimadas, sem sentir a presença do Ressuscitado. Lucas procura reanimar o seu pessoal, mostrando que eles não estão abandonados - muito pelo contrário, estão caminhando na vida contando com a presença do Senhor que venceu a morte.
2º Domingo da Páscoa
Jo 20, 19-31
“A Paz esteja com vocês”
No texto anterior ao de hoje, a Maria Madalena traz a notícia da Ressurreição aos discípulos incrédulos. Agora é o próprio Jesus que aparece a eles. Não há reprovação nem queixa nas suas palavras, apesar da infidelidade de todos eles, mas somente a alegria e a paz que Ele já tinha prometido no ultimo discurso. Duas vezes Jesus proclama o seu desejo para a comunidade dos seus discípulos – “A paz esteja com vocês”. O nosso termo “paz” procura traduzir – embora de uma maneira inadequada – o termo hebraico “Shalom!”, que é muito mais do que “paz” conforme o nosso mundo a compreende. O “Shalom” é a paz que vem da presença de Deus, da justiça do Reino. O SHALOM pode ser definido como “o bem-estar total para todos/as” - é tudo que Deus deseja para os seus filhos e filhas. Não pode existir sem fraternidade, solidariedade e justiça social em todos os níveis. Jesus não promete a paz do comodismo, mas, pelo contrário, envia os seus discípulos na missão árdua em favor do Reino, mas promete o shalôm, pois ele nunca abandonará quem procura viver na fidelidade ao projeto de Deus.
Jesus soprou sobre os discípulos, como Deus fez (é o mesmo termo) sobre Adão, quando infundiu nele o espírito de vida. Jesus os recria com o Espírito Santo.
Normalmente imaginamos o Espírito Santo descendo sobre os discípulos nos eventos de Pentecostes, mas aquilo, na Escritura, era a descida oficial e pública do Espírito para dirigir a missão da Igreja no mundo. Para João, o dom do Espírito, que da sua natureza é invisível, flui da glorificação de Jesus, da sua volta ao Pai. O dom do Espírito neste texto tem a ver com o perdão dos pecados.
Mais uma vez, num domingo, Jesus aparece aos discípulos (notem a ênfase sobre o Domingo – duas vezes). Esta vez, Tomé está presente. Ele representa os discípulos da comunidade joanina do fim do século primeiro, que estavam vacilando na sua fé na Ressuscitado, diante dos sofrimentos e tribulações da vida. Assim nos representa, quando nós vacilamos e duvidamos. Jesus nos fortalece com as palavras “Felizes os que acreditaram sem ter visto!”. Assim muitas vezes será a realidade da nossa fé – acreditar contra todas as aparências que o bem é mais forte do que o mal, a vida do que a morte! Somente uma fé profunda e uma experiência da presença do Ressuscitado poderão nos dar essa firmeza.
Tomé confessa Jesus nas palavras que o Salmista usa para Javé (Sl 35,23). No primeiro capítulo do Evangelho de João (cf Jo 1, 29.34.36.38.41.45.49.51), os discípulos deram a Jesus uma série de títulos que indicaram um conhecimento crescente de quem ele era; aqui Tomé lhe dá o título final e definitivo – Jesus é Senhor e Deus!
Nessa proclamação triunfante da divindade de Jesus, o Evangelho original terminava. (O Capítulo 21 é um epílogo, adicionado mais tarde). No início, João nos informou que “o Verbo era Deus”. Agora ele repete essa afirmação e abençoa todos os que a aceita com base na fé! A meta do Evangelho foi alcançada – mostrar a divindade de Jesus, o Verbo que se fez carne e habitou entre nós, para que, acreditando, todos pudessem ter a vida nele.
Tomaz Hughes SVD
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Domingo da Páscoa (20/04/2014)
Jo 20, 1-9
“Ele viu e acreditou”
Os quatro evangelhos relatam os acontecimentos do Dia da Ressurreição, cada um de acordo com as suas tradições. Mas certos elementos são comuns a todos: o fato do túmulo vazio, que as primeiras testemunhas eram as mulheres (embora divirjam quanto ao seu número e identidade e o motivo da sua ida ao túmulo - para ungir o corpo, ou para vigiar e lamentar), e de que uma delas era Maria Madalena.
Domingo de Ramos (13/04/2014)
Mt 21, 1-12; Mt 26,14 – 27,66
Bendito aquele que vem em nome do Senhor!
Neste primeiro dia da Semana Santa, na tradição católica no Brasil com certeza não há comunidade que não celebra, com muito entusiasmo, a comemoração da entrada de Jesus em Jerusalém. Organizam-se procissões e encenações, e quase todos fazem questão de levar alguns ramos bentos para a casa. Porém é muito importante resgatar o verdadeiro sentido da entrada de Jesus em Jerusalém, para que possamos celebrar a festa com mais profundidade. O próprio Evangelho de Mateus nos dá uma dica, quando em v. 5 cita o profeta Zacarias.