Assunção de Nossa Senhora
“Você é bendita entre as mulheres” (Lc 1, 39-56)
O evangelho da festa de hoje tem duas partes bem distintas, o encontro entre Maria (grávida de Jesus) e Isabel (grávida de João); e, o Canto do Magnificat.
Para entender o objetivo de Lucas em relatar os eventos ligados à concepção e nascimento de Jesus, é essencial conhecer algo da sua visão teológica.
10º Domingo do Tempo Comum
Décimo Domingo Comum (10/06/2012)
Mc 3, 20-35
“Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.
Esta segunda parte do terceiro capítulo de Marcos nos apresenta uma característica bastante usada neste Evangelho. O autor intercala uma discussão com os escribas (vv. 22-30) em uma cena em que Jesus se defronta com a incompreensão da sua família (vv. 20-21. 31-35). Ele usa o mesmo procedimento em 5, 21-43; 6, 7-33; 11, 11-21 e 14, 1-11. A finalidade é para que o leitor interprete um evento à luz do outro. Assim, no texto de hoje, devemos nos perguntar com os versículos que tratam dos familiares de Jesus e o trecho referente à discussão com os escribas lançam luz um sobre o outro. Na verdade, em ambos os casos, Jesus é objeto de acusações falsas, e é incompreendido, ou até rejeitado, pelos seus familiares, bem como pelas autoridades de Jerusalém.
5º Domingo da Páscoa (29/04/2018)
Jo 15, 1-8 “Sem mim, vocês não podem fazer nada”
Esse texto inicia a seção do quarto evangelho que tem os trechos que mais se aproximam aos discursos da vida pública de Jesus nos Evangelhos Sinóticos. Aqui temos um exemplo raro de uma parábola em João - a da vinha e dos ramos, uma metáfora que expressa o amor íntimo entre Jesus e os seus discípulos. Em contraste, o segmento seguinte (15, 18-16, 4) vai tratar do ódio do mundo para com os seus seguidores.
ASCENSÃO DO SENHOR
Mt 28, 16-20
“Eu estarei com vocês todos os dias até o fim do mundo”
Chegamos ao último trecho do Evangelho de Mateus. Podemos dizer que o evangelho todo culmina na postura dos discípulos, descrita no versículo 17: “Ajoelharam-se diante d’Ele” - uma postura de adoração, de reconhecimento da sua natureza divina. Porém, o trecho nos adverte que muitas vezes a nossa fé em Jesus também pode ser vacilante, quando fala “ainda assim, alguns duvidaram”.
Depois de um longo escrito de vinte e oito capítulos, o Evangelho termina de uma forma muito resumida, neste texto de hoje. É um texto tão denso em conteúdo que dificilmente a gente pode imaginar como dizer mais coisas em tão poucas palavras. Como gênero literário, reúne elementos das “entronizações” do Antigo Testamento com a comissão apostólica.
19º Domingo do Tempo Comum C (11/08/2013)
Lucas 12, 32-48
“Onde está o seu tesouro, aí estará também o seu coração”
Esse trecho do capítulo doze retoma em grande parte o tema do domingo anterior - a questão do relacionamento do cristão e da comunidade com os bens materiais. A comunidade cristã é caracterizada como “pequeno rebanho” - certamente pequena diante da força e enormidade do sistema do Império Romano. Aqui não é tão importante a sua pequenez em termos numéricos, mas em termos da sua importância e força dentro da sociedade - a fraqueza dela é gritante, e devia ter provocado insegurança e medo em muitos dos seus membros. Por isso, as palavras de encorajamento: “Não tenha medo, pequeno rebanho, porque o Pai de vocês tem prazer em dar-lhes o Reino” (v. 32).
O rebanho não tem muitos bens materiais, mas terá os bens mais importantes - os do Reino. Esta idéia nasce do versículo anterior a este trecho: “Busquem o Reino d’Ele e Deus dará a vocês essas coisas em acréscimo” (v. 31). Estes bens virão na medida em que a comunidade vive a partilha, ou seja, se coloca na contramão de uma sociedade de ganância e exploração, repartindo o que tem. Retomando o tema do último domingo, Jesus adverte: “De fato, onde está o seu tesouro, aí estará também o seu coração” (v. 34).
18º Domingo Comum (4/08/2013)
Lucas 12,13-21
“Tenham cuidado com qualquer tipo de ganância”
Mais uma vez nos deparamos com um dos temas favoritos de Lucas - o combate à ganância, em todas as suas formas, especialmente dentro da comunidade dos discípulos de Jesus. A parábola de hoje só se encontra neste Evangelho, sublinhando assim o interesse de Lucas pelo assunto.
Ressoa com todas as letras a advertência de Jesus para os seus discípulos: “Atenção! Tenham cuidado com qualquer tipo de ganância” (v. 15b). Com certeza, a caminhada de mais ou menos cinquenta anos das comunidades cristãs, até a data do escrito de Lucas, tinha mostrado que os cristãos não eram isentos da tentação da acumulação de bens, e do individualismo. Cumpre assinalar que o Evangelho não nega o valor nem a necessidade de bens materiais. Afinal, sem eles não seria possível ter uma vida digna e humana - o que Deus quer para todos os seus filhos e filhas. A luta não é contra os bens, mas contra a ganância, o egoísmo, a acumulação, a confiança no aumento dos bens como valor supremo das nossas vidas.