Semana Nacional da Família
“Família, formadora de valores humanos e cristãos”. Este é o tema da Semana Nacional da Família, que começa no próximo domingo, 8, dia dos pais. Esta é a 14ª edição do evento e repete o tema do 6º Encontro Mundial das Famílias, que aconteceu no México, em janeiro de 2009.
“Nessa semana, as comunidades eclesiais, escolas, clubes, associações, animadas pela Pastoral Familiar, têm um espaço para preparar e organizar programações diversas, revigorando a integração familiar e ressaltando as virtudes e valores da família“, disse o presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família da CNBB, dom Orlando Brandes.
“Queremos criar cada vez mais a tradição da Semana Nacional da Família, nas dioceses e nas paróquias de todo o Brasil. Fazer com que as famílias possam refletir sobre os temas, não somente na Semana Nacional, mas todos os dias”, completou dom Orlando.
Durante a semana, as paróquias trabalharão o tema de acordo com o livro “A Hora da Família 2010”, elaborado pela Comissão. O livro traz roteiros para celebrações nos lares, nos grupos e escolas.
Oração pelos Pais
Venho hoje a Ti, Senhor, pedir que estenda Tuas Mãos Divinas
sobre todos os Pais, abençoando-os.
Abençoa, Senhor, o Pai amigo e companheiro, o Pai sempre presente,
que oferece o colo e estende a mão, mas também o Pai ausente,
colocando todo Teu Amor em seu coração.
Abençoa, Senhor, o Pai que hoje recebe o abraço de seus filhos
e o Pai que chora a ausência do filho que partiu para Teus braços.
Dai, a este, o consolo da mansa saudade e enxuga,
com Teu Divino Manto, as lágrimas que vertem de seus olhos.
Estenda, Senhor, Tuas mãos de Amor sobre todos os Pais,
concedendo a eles os dons da paciência, compreensão, tranqüilidade, ternura, justiça,
fé na vida e em seus filhos, e Amor, muito Amor, para que cada filho seja,
para seu pai, um pai, e para que cada pai seja, para seu filho, um filho.
E aos filhos, cujos Pais estão junto a Ti, dai a Fé e o entendimento de que os Pais
nunca vão embora... Eles apenas mudam de lugar...
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Que todos os Pais do mundo saibam ser verdadeiramente Pais,
amando, compreendendo e perdoando
Feliz Dia dos Pais!
FESTA DA ASSUNÇÃO (15/08/2010)
Lc 1, 39-56
“Você é bendita entre as mulheres”
O evangelho da festa de hoje tem duas partes bem distintas, o encontro entre Maria (grávida de Jesus) e Isabel (grávida de João) , e o Canto do Magnificat.
Para entender o objetivo de Lucas em relatar os eventos ligados à concepção e nascimento de Jesus, é essencial conhecer algo da sua visão teológica. Para ele, o importante é acentuar o grande contraste, e ao mesmo tempo a continuidade, entre a Antiga e a Nova Aliança. A primeira está retratada nos eventos ligados ao nascimento de João, e tem os seus representantes em Isabel, Zacarias e João; a segunda está nos relatos do nascimento de Jesus, com as figuras de Maria, José e Jesus. Para Lucas, a Antiga Aliança está esgotada - os seus símbolos são Isabel, estéril e idosa, Zacarias, sacerdote que não acredita no anúncio do anjo, e o nenê que será um profeta, figura típica do Antigo Testamento. Em contraste, a Nova Aliança tem como símbolos a virgem jovem de Nazaré que acredita e cujo filho será o próprio Filho de Deus. Mais adiante, Lucas enfatiza este contraste nas figuras de Ana e Simeão, no Templo, (Lc 2, 25-38), especialmente quando Simeão reza: “Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar o teu servo partir em paz. Porque meus olhos viram a tua salvação”( 2, 29)
XIX DOMINGO DO TEMPO COMUM (08/08/2010)
Lucas 12 ,32-48
“Onde está o seu tesouro, aí estará também o seu coração”
Este trecho do capítulo doze retoma em grande parte tema do domingo anterior - a questão do relacionamento do cristão e da comunidade com os bens materiais. A comunidade cristã é caracterizada como “pequeno rebanho” - certamente pequena diante da força e enormidade do sistema do Império Romano. Aqui não é tão importante a sua pequenez em termos numéricos, mas em termos da sua importância e força dentro da sociedade - a fraqueza dela é gritante, e devia ter provocado insegurança e medo em muitos dos seus membros. Por isso as palavras de encorajamento: “Não tenha medo, pequeno rebanho, porque o Pai de vocês tem prazer em dar-lhes o Reino” (v.32)
O rebanho não tem muitos bens materiais, mas terá os bens mais importantes - os do Reino. Está idéia nasce do versículo anterior a este trecho: “Busquem o Reino dele e Deus dará a vocês essas coisas em acréscimo” ( v. 31). Estes bens virão na medida em que a comunidade vive a partilha, ou seja, se coloque na contramão de uma sociedade de ganância e exploração, repartindo o que tem. Retomando o tema do último domingo, Jesus adverte: “De fato, onde está o seu tesouro, aí estará também o seu coração.” (v.34)
Este último versículo nos desafia a fazermos uma meditação mais profunda sobre os valores das nossas vidas. Onde - realmente, e não teoricamente - está o meu tesouro? Em que eu de fato ponho a minha confiança? Sobre o que estou baseando a minha vida? Qual é a minha experiência prática de partilha? Quais são os verdadeiros tesouros da minha vida?
Em seguida Lucas nos coloca diante das exigências de vigilância e responsabilidade. Embora muitas vezes se interprete este trecho sobre a vinda do Senhor em termos do “fim do mundo”, ou referindo-se ao momento da nossa morte, realmente estes versículos têm uma abrangência muito maior. A ênfase não está no fim, mas na atitude que nós devemos ter sempre em nossa caminhada. Sempre devemos estar alertos, para não perdermos o momento de Jesus passar em nossas vidas. Ele chega para nós, não somente na hora da nossa morte, muito menos no fim do mundo, mas todos os dias, nas pessoas, nos acontecimentos da nossa realidade, na comunidade em que vivemos. Jesus aqui exige uma atitude de busca permanente do Reino, através de uma vida de serviço fraterno.
Os versículos 41-46, e o fato que a pergunta é feita por Pedro, porta-voz dos líderes da comunidade em Lucas, indicam que a mensagem aqui é dirigida em primeiro lugar aos que têm uma função de dirigente na comunidade. Os dirigentes cristãos não têm estes ofícios para exercer um poder, para dominar, mas muito pelo contrário, para melhor servir. Somos alertados para que não deixemos a corrupção do poder tomar conta das nossas vidas. Como os dirigentes das comunidades têm consciência dos seus deveres, muito mais ainda é a sua responsabilidade: “A quem muito foi dado, muito será pedido; a quem muito foi confiado, muito mais será exigido”( v. 48). Aqui o trecho alarga a sua visão para incluir não somente uma possível corrupção do projeto cristão através do apego aos bens materiais, mas também através do apego ao poder, quando este é usado não como serviço, mas como dominação e projeção pessoal por parte dos dirigentes cristãos. Talvez não haja corrupção mais sutil do que a do poder, manifestada em carreirismo, autoritarismo e auto-projeção dentro das Igrejas. Vale a advertência já feita no século XIX pelo historiador católico inglês, Lord Acton: “Todo o poder tende a corromper, e o poder absoluto corrompe absolutamente!”
Lucas convida a todos, especialmente aos dirigentes, à vigilância, para que o nosso verdadeiro tesouro seja o serviço fraterno, como concretização do projeto de Jesus, e não a ganância, o poder, a dominação.
Tomaz Hughes SVD
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XVIII DOMINGO DO TEMPO COMUM (01/08/2010)
Lucas 12,13-21
“Tenham cuidado com qualquer tipo de ganância”
Mais uma vez deparamos com um dos temas favoritos de Lucas - o combate à ganância, em todas as suas formas, especialmente dentro da comunidade dos discípulos de Jesus. A parábola de hoje só se encontra neste Evangelho, sublinhando assim o interesse de Lucas pelo assunto.
Ressoa com todas as letras a advertência de Jesus para os seus discípulos: “Atenção! Tenham cuidado com qualquer tipo de ganância.” (v. 15b). Com certeza, a caminhada de mais ou menos cinqüenta anos das comunidades cristãs tinha mostrado que os cristãos não eram isentos da tentação da acumulação de bens, e do individualismo. Cumpre assinalar que o Evangelho não nega o valor nem a necessidade de bens materiais. Afinal, sem eles, não seria possível ter uma vida digna e humana - o que Deus quer para todos os seus filhos e filhas. A luta não é contra os bens, mas contra a ganância, o egoísmo, a acumulação, a confiança no aumento dos bens como valor supremo das nossas vidas.
Se foi importante fazer esta advertência há quase dois mil anos, quanto mais hoje, quando nós vivemos mergulhados em um mundo de consumismo e materialismo; quando se prega o “evangelho” da competitividade e acumulação; onde os profetas do projeto neo-liberal da exclusão entram todos os dias em nossos lares, através da televisão; onde a meta do sistema é concentrar cada vez mais bens nas mãos de uma elite privilegiada, excluindo, cada vez mais, pessoas que não podem competir. Como nós cristãos vivemos mergulhados neste ambiente, acontece muitas vezes que, sem dar conta do fato, nós o assimilamos, como por osmose, diluindo o evangelho da fraternidade e solidariedade, e reduzindo a prática religiosa ao âmbito individual e intimista, tirando dela a sua força transformadora.
O rico da parábola muito bem poderia representar a ideologia do sistema vigente dos nossos dias. Chama a atenção o número de vezes que ele usa as palavras “eu”, “meu” “minha” - é um homem totalmente fechado no seu mundinho, fechado sobre si, sem sensibilidade diante dos sofrimentos e necessidades dos irmãos e irmãs.
Jesus o chama de “louco” - não por ter o suficiente para viver bem, nem por alegrar-se com este fato, mas por colocar o sentido da sua vida na acumulação de riquezas, achando que isso lhe traria a felicidade por si. A pergunta que Jesus faz: “E as coisas que você preparou, para quem vão ficar?” (v.20), levanta a pergunta fundamental que todos nós temos que responder: qual é o sentido da nossa vida? O que é realmente importante? Sobre o que baseamos a nossa felicidade? Pois tudo passará - e então seria tolice fundamentar a nossa felicidade sobre algo que necessariamente vai acabar. É um convite para que achemos o alicerce firme para a nossa caminhada, para a nossa felicidade. Podemos construir as nossas vidas sobre a areia - movediça, sem firmeza – ou sobre a rocha - firme e imutável; sobre coisas efêmeras, ou sobre Deus e o seu projeto de solidariedade, fraternidade e partilha.
O homem da parábola terminou a sua vida na frustração, perdeu tudo, e a sua vida acabou sem sentido. E Jesus nos adverte: “Assim acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo, mas não é rico para Deus!” (v. 21)
A escolha é nossa!
Tomaz Hughes SVD
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No dia 12 de Julho de 2010, Pe. João Milczevski celebrou 90 anos de vida
Pe. Guilherme e Pe. Mário acolheram e prepararam a festa para Pe. João na Paróquia São Cristovão em São José dos Pinhais. A celebração foi seguinte: às 19:00h – a Santa Missa em ação de graças presidida pelo aniversariante e juntamente concelebraram, Pe. Guilherme, Pe. Mário, Pe. Domingos Kachel, Pe. Eduardo, Pe. Nico, Pe. Leon, Pe. Joares e com boa participação do povo. Depois da Missa foi oferecido o jantar com bolo comemorativo e todos cantaram parabéns em português e também em polonês. Pe. João Milczevski nasceu no dia 12 de julho de 1920 em Bateis de Baixo-SC e foi ordenado sacerdote em 1948. Parabéns Padre João!