29º Domingo do Tempo Comum (16/10/2016)
Lucas 18, 1-8 “Será que o Filho do Homem vai encontrar a fé sobre a terra?”
Embora possa parecer que o tema deste trecho seja simplesmente a oração, na realidade Lucas o liga ao trecho anterior (17, 22-37), que versava sobre a segunda vinda de Filho do Homem, através da referência em v. 8: “Mas, o Filho do Homem, quando vier, será que vai encontrar a fé sobre a terra?” Então devemos entender o sentido original do texto em referência à situação das comunidades do fim do primeiro século - Jesus tardava a retornar, as perseguições estavam no horizonte, as comunidades estavam sofrendo vários tipos de pressão, e a fé delas começava a vacilar. Por isso Lucas quer dar-lhes um ensinamento claro - Deus não vai abandoná-las, então, devem ficar firmes, constantes na oração até que Ele venha.
28º Domingo do Tempo Comum (09/10/2016)
Lucas 17, 11-19
“Levante-se e vá, a sua fé o salvou”
Estamos ainda caminhando com Jesus na sua viagem a Jerusalém, ao encontro do seu destino na Cruz. Nesta parte do Evangelho (17, 11-19, 27) Jesus conclui o seu ensinamento sobre o que é necessário para segui-Lo. Aqui temos mais um exemplo de uma história própria a Lucas, o quarto milagre na sua narrativa da viagem. Como nos outros casos, (11, 14; 13, 10-17; 14, 1-6), o mais importante não é o milagre em si, mas o ensinamento que brota dele. As informações geográficas de Lucas, que não era natural da Palestina, são muitas vezes imprecisas. Para ele dois fatos são importantes - a meta de Jesus é Jerusalém, onde se dará o seu encontro definitivo com a vontade do Pai, e o fato que ele se encontra com um samaritano, um dos excluídos oficialmente do povo de Deus.
27º Domingo do Tempo Comum (02/10/2016)
Lucas 17, 5-10 “Aumenta a nossa fé!”
Lucas reúne nos primeiros dez versículos deste capítulo diversos dizeres de Jesus sobre algumas atitudes fundamentais para a vida de quem quer segui-Lo pelo caminho do discipulado. Podemos dividir o trecho de hoje em duas partes: vv. 5-7 e vv. 8-10. A primeira parte trata da questão da fé inabalável, que deve ser característica do discípulo. Inicia-se o diálogo com os apóstolos expressando diante de Jesus a sua insegurança quanto à sua fé: “Os apóstolos disseram ao Senhor: “Aumenta a nossa fé!” (v. 5). Tal pedido tem outros ecos nos evangelhos. Faz-nos lembrar do pai do moço epiléptico em Marcos: “Eu tenho fé, mas ajude a minha falta de fé!” (Mc 9, 24)
26º Domingo do Tempo Comum (25/09/2016)
Lucas 16,19-31
“Mesmo que um dos mortos ressuscite, eles não ficarão convencidos”
Este último trecho do capítulo dezesseis continua os ensinamentos de Jesus sobre as riquezas, ou melhor, sobre a questão fundamental da partilha dos bens como necessidade absoluta para os seus discípulos. Aqui temos a famosa parábola do “Rico e Lázaro”, e também a reflexão sobre o destino dos irmãos do rico. Levanta a questão: “irão seguir o exemplo do irmão rico, ou atender o ensinamento tanto de Jesus como do Antigo Testamento sobre o cuidado dos necessitados, como Lázaro, e assim se tornarem “Filhos de Abraão”? Os destinatários do Evangelho de Lucas eram as comunidades cristãs urbanas das cidades gregas do Império Romano.
25º Dmingo do Tempo Comum (18/09/2016)
Lucas 16,1-13
“Quem é fiel nas pequenas coisas, também é nas grandes”
Este texto faz parte de um capítulo aparentemente fragmentado, mas que realmente tem como tema unificador o uso dos bens materiais em benefício dos outros, especialmente dos mais necessitados. Divide-se em quatro segmentos inter-relacionados: vv. 1-8a; vv. 8b- 13; vv. 14-18; vv. 19-31. Três destes trechos serão usados hoje e nos próximos dois domingos. A interpretação popular da primeira parte, a história do “Administrador Injusto”, traz muitos problemas para os pregadores. Pois, aparentemente, Jesus está elogiando quem agisse de maneira desonesta. Tal interpretação é moralmente inaceitável.
24 Domingo do Tempo Comum (11/09/2016)
Lucas 15, 1-32.
“A Ovelha, A Moeda e O Filho, Perdidos e Achados”
O Evangelho de Lucas prima pela sua ênfase na misericórdia de Deus. Se fosse para classificar numa só palavra o rosto de Deus em Lucas, poderíamos sem hesitação assinalar “misericórdia”. Talvez nenhum capítulo saliente esta convicção tanto como o capítulo 15, que hoje lemos na sua totalidade.
As três parábolas aqui relatadas são entre as mais conhecidas da Bíblia - geralmente chamadas (com razão ou não) “A Ovelha Perdida”, “A Moeda Perdida” e “O Filho Pródigo”.